sexta-feira, 31 de julho de 2009

Eu, a Linda e os câes caminhando


Eu a Linda e os cães caminhando

Acordamos de manhã e percebemos que a chuva na madrugada foi forte, pois tudo estava molhado e o quintal cheio de folhas, foi chuva com vento, mesmo assim resolvemos caminhar no nosso pântano, saborear o colorido das flores, o cheiro da mata molhada e visitar o jardim para contemplar as flores novas, que surgem todos os dias.

Fred e Petra já estavam na porta querendo café, cachorros safados, bagunceiros e muito inteligentes, estão sempre atentos a tudo que acontece e se acham alguma coisa estranha, eles correm e latem para chamar a nossa atenção.

A linda estava com muita preguiça de levantar então a empurrei para fora da cama, ela agarrou nas cobertas, mas não teve jeito, caiu da cama com as cobertas e falou:

- Assim não vale!

Ela pulou em cima de mim e lutamos ferozmente no nosso campo de luta para ver quem mandava no território e ela conseguiu me derrubar, só que levei as cobertas comigo e ela resolveu levantar, não teve jeito, só que correu atrás de mim com o travesseiro.

Armada não vale!

Eu fiz um café gostoso e coloquei um pouco com pãezinhos para os cachorros enquanto ela tomava banho, depois saí da casa e apreciei o ar puro, mas estava frio e úmido, pois acabara de chover, mas o céu estava limpando, não vai chover mais, vamos caminhar no pântano e passear um pouquinho.

O quintal estava forrado de folhas e flores das árvores formando um cenário colorido, uma obra feita pela chuva e pelo vento, que tanto desenham esse quadro natural lindo como desenham quadros cruéis sem compaixão, quadros de terror e morte com formato assustador e um deles estava próximo, era só observar e ver a árvore caída, derrubada pela força da arte da chuva e do vento.

A Linda veio com um copo de café na mão e falou:

-Nossa! A chuva derrubou a árvore.

Caminhamos até a árvore e ficamos admirados com o poder da natureza, pois a árvore era grande. – Vamos passear Linda! Depois a gente ajeita a árvore e usa a madeira na lareira. Vem! Vamos ver o jardim.

Seguimos abraçados e olhando as flores, mesmo após a forte chuva continuavam lindas e perfumadas atraindo as abelhas.

De repente os cachorros começaram a latir e fomos ver o que era?

Ao chegar, nós encontramos um ninho com dois ovinhos caídos da árvore. Os ovos estavam intactos, então resolvemos recolocá-lo no galho da árvore, para serem chocados pela mãe.

Nós subimos na árvore com o ninho na mão e recolocamos no mesmo lugar de origem. No momento em que estávamos colocando um grande sabiá de peito vermelho ficou próxima de nós, curiosa e interessada nos seus ovinhos, colocamos no galho e saímos, deixando-a cuidar do seu ninho, mas todos os dias nós voltávamos curiosos à árvore querendo ver os filhotes. Eles nasceram e nós acompanhamos o crescimento deles até voarem para a liberdade no nosso pântano, que é mais deles do que nosso.

Nós cortamos os galhos da árvore que caiu, ajeitando a arquitetura do nosso quintal e plantamos outra no lugar com muito amor, pois se a chuva e o vento destroem, o amor constrói. Ela vai ser uma linda árvore.

Todos os dias, nós caminhamos no meio das árvores, que mudam a paisagem para agradar nossos olhos, pois elas nos amam, os cães correm no meio delas brincando e fazendo bagunça. Quando chegamos à cachoeira, eu joguei os cães na água e a Linda danada me empurrou. Nem falo o que aconteceu, mas eu pego ela na próxima.

Paulo Alvarenga

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O sonhador


O sonhador

Hei! Vem para o meu sonho.

Pensar em sonho é tão difícil quanto pensar no amor, chego a ficar em duvidas, quando as pessoas falam em sonhos.

Quer sonhar? Vamos sonhar. Hummm! Como é bom sonhar que está correndo sob as árvores, chutando suas folhas caídas, correndo e gritando com toda a força, para aliviar os desejos da alma.

Se querer e ter objetivos é sonhar, não quero sonhar. Meu sonho é voar como se tivesse asas, voar na imaginação com todos aqueles que sonham como eu.

Agora vocês me dão licença, que eu vou sonhar, vou atravessar a barreira da realidade, vou saltar na imaginação de corpo e alma, nela encontro pessoas que jamais encontraria, meu sonho é tão real que sinto a presença deles, toco neles e escuto o que eles têm a me dizer, às vezes nem quero que vão embora, pois sei que jamais os verei de novo.

No sonho abro o meu coração, sonho com a amada, escuto suas palavras de amor, sinto o seu corpo, seu beijo gostoso e sua felicidade de partilhar aquele sonho comigo, mas nem sempre é feliz, no sonho também sofro decepções e acabo abandonado.

Não sei se sonhar é viajar ou vagar no inconsciente, só sei que é um mergulho no irreal, um passeio no imaginário. Nele eu chego a ver a minha deusa do meu lado, ela fala em meu ouvido, chega a contar os seus segredos, depois sorri e diz que também me ama. Ela está aqui, eu sei que está, eu pego na mão dela e corremos nas nuvens.

Não quero mais voltar, só quero sonhar, como é bom sonhar, sonho que sou um beija a flor, sonho que sou um ursinho, chego a sonhar que sou um urubu, só para voar bem alto, o mais alto que puder, quero ver tudo bem pequeno, se quiser posso até chegar ao céu, não tem limites o meu vôo.

Como sonhar é gostoso. Por que existe a realidade? Por que não posso sonhar para sempre?

Não quero a realidade vou voltar para o sonho.

Encontro uma garota que também é sonhadora, que chega com seu lindo vestido branco, olho para ela, dou um sorriso e digo:

- Não quero branco e pinto o vestido e o cabelo dela de azul. Nós saímos correndo e riscando tudo de azul, corremos riscando a rua e começamos a voar riscando também o céu, seus cabelos compridos flutuam com o vento, nossos riscos têm o formato de um grande coração com uma flecha fincada no meio.

Olho para ela e não quero mais azul, pinto o vestido e o cabelo dela de amarelo, saímos correndo entre as flores, chegando até uma grande árvore perto do mar, dali vemos um lindo arco íris, corremos sobre o mar e subimos no arco íris, chegando lá em cima, nós damos um mergulho rasante e muito veloz, querendo sentir a água fria.

Nós saímos da água, eu olho para ela e não quero mais amarelo, eu pinto o vestido e o cabelo dela de vermelho. Saímos correndo nos amando como loucos, colorindo todo o caminho de vermelho e deixando o perfume do amor, onde passamos o cheiro do amor, atrai amor e tudo e todos se transformam e só querem amor e amar.

O dia está acabando, eu olho para ela e não quero mais vermelho, pinto o seu vestido e o seu cabelo de preto. Saímos correndo e assustando todo mundo num sonho assustador, chega a virar pesadelo, mas não paramos e continuamos correndo no escuro, iluminados pela lua cheia, num céu estrelado e lindo.

Estou muito cansado e não consigo mais sonhar. Ela vai embora com seu lindo vestido preto e me deixa ali jogado na realidade. Eu não quero a realidade, eu quero sonhar e não volto mais...

Paulo Alvarenga


terça-feira, 28 de julho de 2009

Um sonhador contador de histórias


Venha para o meu mundo mágico e faça dele o seu mundo também...Bjs