terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Bailarina do amor

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A abelhinha

A imaginação é um monte de sementes, que a gente joga no ar e nasce um monte de flores coloridas.
No jardim de flores voava uma linda abelhinha, que veio visitar as flores para buscar néctar e polinizá-las.
Todas as flores queriam abraçar um pouquinho a abelhinha, então nasceu essa música:


Música
O vôo da abelhinha
A abelhinha que voa baixinho;
Voa pousando em todos os vasinhos.

É uma abelhinha que voa cantando
Brincando feliz e rebolando.

A abelhinha que voa pro céu;
Adora brincar e fazer mel.

Chega na flor e fica feliz;
Fazendo careta e mexendo o nariz.

Voa abelhinha!
Voa abelhinha!
Que eu quero ouvir as suas asinhas.


Zummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm


Todas as crianças fazem zummmmm de braços abertos como se estivessem voando...


Paulo Ribeiro de Alvarenga
Zip...Zip...Zip...ZzipperR

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A noiva


A Noiva

Ela olhou no espelho, sorriu e ficou admirada com sua própria beleza, toda aquela pressão já não fazia mais sentido, pois seu caminho não poderia estar traçado e ela não compreendia o porquê destas dúvidas, por isso abaixou a cabeça e começou a meditar sobre o seu futuro.

As pessoas estavam agitadas, agora que tudo estava para acontecer, os preparativos, convidados e festa. Ela totalmente indecisa não sabia que caminho tomar, não que ela não gostasse do noivo, não era isso, ela o amava, mas amava também a si própria, seus projetos de vida e estava quase decidida que não nascera para aquilo, preferia uma vida de conquistas e autonomia, ela era uma mulher moderna e não poderia se prender a ninguém.

A consciência não a deixava reagir, depois de tantos preparativos, tantas promessas de amor eterno e o coração estava aflito, pois ela gostava do noivo, estaria abrindo mão do seu amor, por uma porta incerta no futuro. Será que vale a pena? Será que eu não vou me arrepender? Será que as pessoas vão entender? E a minha família, entenderá? Tantas questões que a deixavam louca. Carregada pela situação, ela não conseguia tomar uma decisão e pensava:

Dias atrás ela saiu com a sua mãe, experimentou o vestido de noiva, participou de todos os ajustes e agora não sentia prazer em usá-lo.

Ficou pensando no noivo, como ele ficaria? Qual seria a sua reação? Será que ele a perdoaria? Toda aquela agonia transformava se em desespero e chegou a pensar em desistir de seu projeto futuro, mas sua intuição feminina com a força lutadora da mulher, não aceitou.

O grande momento estava chegando, ela não se conformava com a sua decisão, sonhara tanto com aquele momento e ainda não se decidira quanto ao seu futuro.
Sua mãe estava tão feliz e orgulhosa. Suas irmãs também. E agora! Aceitarão! Sua decisão era de cortar o coração, mas ela estava ficando decidida, porém faltava coragem para agir.

Todos estavam elegantes e capricharam no visual. O pai também estava elegante e preparava se para levar a filha ao altar e entregar ao noivo.

Ela já era bonita e depois de produzida com o seu vestido de noiva virou um sonho. Começou o desespero, pois ela não estava certa de sua decisão, mas foi mesmo contra a sua vontade.

A igreja estava lotada, o pai, a mãe, as irmãs, os sobrinhos, os tios, os primos, a família do noivo, os amigos e o noivo.

A cerimônia começou. Ela tinha que entrar e entrou, porém era outra mulher, já não sorria e estava decidida. Passou por todos que admiravam sua beleza chegando ao altar.

O padre fez o discurso habitual e chegou a hora da decisão:

- Brenda! Você aceita esse homem como seu legítimo esposo? Ela respondeu:

- Não! Não falou mais nada, largou tudo para trás e saiu correndo pela porta da igreja em busca da liberdade ciente de ter tomado a decisão correta, aquela que fazia a pessoa mais importante para ela renascer e ser feliz. Ela!


Paulo Ribeiro de Alvarenga
Zip...Zip...Zip...ZzipperR

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A menina flor


A menina flor

Eu estava em uma cidade chamada Westweeck, caminhando a horas em uma chuva torrencial, tão forte que eu não conseguia enxergar o caminho na escuridão da noite.

A enxurrada estava muito forte e o caminho coberto de lama, para melhor caminhar, eu aproveitava o clarão dos relâmpagos e a chuva ficava mais forte, tornando impossível continuar caminhando.

Eu encostei-me a umas pedras e me acomodei entre elas, me protegendo da chuva forte, iluminado pelo clarão dos relâmpagos.

Em baixo das pedras, eu percebi pingos de água no meu braço, coloquei a língua e percebi que as gotas eram bem doces. Eu fiquei curioso e tentei olhar para fora, mas não consegui, pois a chuva estava muito forte, mas no clarão dos relâmpagos, percebi uma grande flor sobre a pedra.

De repente uma menina pulou da pedra no meio da chuva forte toda molhada e pediu ajuda, para se proteger.

Eu dei um espaço para ela, que entrou e se acomodou, encostando-se em mim para aquecer o seu corpo. Eu tirei a minha jaqueta de couro e coloquei nela para aquecê-la e ela dormiu profundamente.

O tempo passa e eu tento ficar acordado para protegê-la, mas não consigo, estou muito cansado e durmo ao lado dela.

No outro dia, eu acordei e vi que o sol estava forte. A garota não estava do meu lado. Ela teria ido embora ou foi um sonho?

Eu permaneci parado e pensando nela, mas onde está a minha jaqueta de couro? Será que ela levou embora? Levantei devagar, olhei em cima da pedra e tive uma surpresa, pois em cima da pedra tinha uma grande flor e nela estava vestida a minha jaqueta de couro.

Eu me aproximei dela e vi que era uma grande flor dourada e linda. Tirei a minha jaqueta dela e percebi que caiam gotas sobre a pedra, como se fossem lágrimas pedindo-me para ficar.

Caminhei em volta da pedra para partir e percebi que a flor me seguia, como se estivesse me olhando e se despedindo de mim, depois fui embora.

Não consegui ficar longe dela e voltei para vê-la, mas ela não estava lá, então eu sentei sobre a pedra e fiquei meditando.

Quando eu olhei entre as pedras, ela estava no mesmo lugar, que eu havia me escondido da chuva. Ela estava procurando o meu carinho.

O meu coração bateu forte, eu fiquei tão feliz, que corri, a peguei no colo e levei comigo para cuidar dela com carinho, na esperança que aquela flor um dia volte a se transformar na menina flor.

Zip...Zip...Zip...ZzipperR
Paulo Alvarenga

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Observando...Voando...


Peguei-a em minhas mãos e olhei nos olhos dela, enquanto ela estava em minhas mãos eu sentia o seu carinho, mas quando abri as mãos ela voou abrindo as asas e voando alto, mas eu não sei voar e apenas observo o seu vôo, querendo voar com ela. Agora abro as mãos a espera dela, esperando que ela pouse e eu possa sentí-la novamente, enquanto isso observo ela voando e voando nas alturas sem poder tocá-la..

sábado, 8 de agosto de 2009

No mundo louco do amor


No mundo louco do amor

Eu estava sentado na varanda olhando a grande árvore de flores amarelas toda enfeitada, como se fosse a uma festa no pântano do amor. Suas flores nos tons dourados atraem não só os meus olhos, como também pássaros, borboletas, abelhas e insetos variados. Da varanda sou atraído pelo seu perfume trazido pelo vento, além das suas belas flores que voam enfeitando o nosso jardim.

Você chega por trás, tapa os meus olhos, vai pertinho do meu ouvido e pergunta bem baixinho com uma voz carinhosa que chega a arrepiar:

- Adivinha quem é?

- A voz não é estranha, mas preciso de mais detalhes. Me ajuda!

Ela mordeu a minha orelha e fez:

- ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

- Você me arrepiou! Eu conheço esse zumbido, ele não sai da minha cabeça e essa ferroada na orelha dói. Eu acho que vai inchar!

Você me apertou e encostou o seu rosto no meu, deslizando suave e com carinho. Eu cheguei a ouvir e sentir a sua respiração de desejo e falei:

- Eu conheço essa respiração ofegante de desejo e pelo zumbido deve ser uma grande abelhinha voando sobre a sua flor e não satisfeita pousou, querendo sentir a pele macia da flor, passear na sua pele, saborear o doce da flor e sair carregada com o seu pólen, toda lambuzada e feliz com o pólen e o cheiro da flor do amor.

As mãos descem pelo meu rosto caminhando lentas e suaves pelo meu corpo, me abraçando forte e derrubando seus cabelos sobre mim. A grande abelha aos poucos vai dominando a flor e deixando ela mais doce, sendo capaz de sentir o cheiro do seu mel.

A grande flor agarra a abelha como se fosse uma planta carnívora e a coloca pousada em seu colo, onde ela se ajeita para receber carinho. Com beijos melados a grande abelha vai sugando o mel da flor, não ficando satisfeita com pouco e querendo cada vez mais mel.

Sentindo que vai ser capturada, a abelha tenta voar e fugir, mas é segura e envolvida pela flor, que a agarra e devora com seus lábios macios, dando a abelha um prazer imenso de ser devorada.

Depois de muito namorar saímos correndo e brincando, você girava e dançava com seu vestido branco e eu dançando agarrado a você entre as flores vermelhas do jardim. Nós corremos pulando, dançando e cantando felizes até escurecer, depois voltamos, sentamos na varanda e ficamos olhando a lua cheia com seus segredos e conversando durante horas, no silêncio e envolvidos pela escuridão da noite.

Acabamos adormecendo na varanda do pântano, como dois loucos perdidos no mundo do amor.

Paulo Alvarenga

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Olhando nos seus olhos


Olhando nos seus olhos

Cheguei ao pântano correndo e não te encontrei, procurei por toda a casa e nada, então resolvi procurar no jardim, pois você poderia estar cuidando das flores. Naquele momento eu estava sedento e carente precisando de você, mas ultimamente andamos distantes e sem rumo, não encontrando os braços e abraços do outro.

Saí da casa pela varanda caminhando para o jardim e quando olhei para a cachoeira, avistei você sobre a grande pedra. Parei e a fiquei observando por uns momentos, o vento balançava o seu vestido dando forma ao seu corpo e agitando os seus cabelos lindos. Olhando com mais atenção percebi que você estava apreciando a brisa com os braços levantados, mas você estava distante, pois nem percebeu a minha presença.

Eu caminhei pelo jardim colhendo uma rosa para você, mas não te chamei, evitei quebrar o seu momento de meditação e subi na grande pedra me aproximando de você, tão perto que avistava os seus olhos castanhos, que pareciam me ver, mas não viam, pois seu olhar estava distante, então sentei e fiquei observando.

Olhando nos seus olhos, eles pareciam olhar para mim, mas não olhavam e eu fiquei imaginando para onde você estaria olhando? O que você estaria vendo? E imaginei como o nosso mundo estava distante, mas continuei olhando para os seus olhos distantes e pensei:

“Um mundo tão lindo com tantas árvores, frutas, pássaros, cachoeira, carinho. Tantos detalhes criados por nós e não conseguimos caminhar juntos. Quando estamos no nosso mundo, por incrível que pareça, sempre estamos sozinhos.”

Desisti de esperar você me ver e tentei chamar a sua atenção, tentando te trazer para mim, mas não consegui, por mais que tento, não consigo mais ter você perto de mim, não consigo mais pegá-la no colo, não consigo mais sentir o seu cheiro feminino, o máximo que consigo é olhar os seus olhos castanhos.

Eu levantei e corri, para te pegar e cair nas águas da cachoeira com você, mas quando saltei, eu caí sozinho, pois você estava distante. De tanto sentir a sua falta no nosso mundo, eu fico imaginando você em vários lugares, talvez por que não sei viver sem seu carinho, mas faz tanto tempo que não caminhamos juntos no nosso mundo, que talvez nem saibamos mais como é o carinho do outro.

Eu caí na água, olhei para a grande pedra e você continuava lá, no mesmo lugar apreciando a brisa fresca flutuando nos seus cabelos e me deixando feliz, pois sinto você perto de mim.

De repente você olhou para baixo e me viu nadando na cachoeira, tirou o vestido, deixou sobre a pedra e saltou na cachoeira caindo na água perto de mim, mergulhando e nadando em minha direção enquanto eu observava coquinhos maduros caindo na água.

Você se aproximou e agarrou nas minhas costas, cruzando as pernas na minha barriga e eu falei:

- Pssssssssssssssssssss! Fica quietinha e olha no pé de coqueiro, bem no cacho de coquinhos maduros. Olha um casal de tucanos fuçando no cacho de coquinhos. Vamos olhar mais de perto! Eu caminhei na água com ela nas costas e chegamos embaixo do coqueiro, caia coquinhos na nossa cabeça e eu falei:

- Fotografe com os olhos e guarde na memória que eles são lindos. Eles pararam! Notaram a nossa presença. Segura a respiração que vamos brincar de jacaré e afundar na água. Afundei e nadei com ela nas costas até a margem, saindo da água com ela nas costas agarradinha em mim e caindo com ela na grama, de onde ficamos olhando os tucanos no cacho de coquinhos e enquanto ela observava as aves, eu olhava os seus lindos olhos castanhos, que nem piscavam de felicidade.

Paulo Alvarenga